As obras das CATEs visam à melhoria da infraestrutura de saneamento básico dos municípios e consequente benefício para as condições de vida da população e para o meio ambiente.
A SP Águas, Agência de Águas do Estado de São Paulo, está conduzindo a implantação e reforma do Sistema de Coleta, Afastamento e Tratamento de Esgoto (CATE) no município de Amparo, sede e distritos (Arcadas e Três Pontes), e a implantação do Sistema CATE no município de Monte Alegre do Sul, sede e distrito de Mostardas, os quais, juntos, beneficiarão cerca de 80 mil pessoas. Essas ações melhoram a infraestrutura de saneamento básico desses municípios e contribuem positivamente para as condições de vida e saúde da população, além de proteger o meio ambiente pela prevenção da poluição dos solos e rios.
Com os dados atualizados sobre o tratamento de esgoto nos municípios, observa-se que em Amparo, 88,5% do esgoto gerado é coletado, dos quais 54,7% são tratados, resultando em um total de 48,5% de esgoto efetivamente tratado. Em contrapartida, a situação em Monte Alegre do Sul é mais preocupante, onde apenas 22,3% do esgoto gerado é coletado, sem qualquer tratamento (Sistema Nacional de Informações de Saneamento - SNIS, 2022). A ausência de tratamento adequado tem como consequência o aumento da exposição a patógenos presentes no esgoto, elevando a ocorrência de doenças como diarreias infecciosas, hepatites e verminoses, que são transmitidas pela ingestão de água contaminada ou pelo contato com o esgoto não tratado. Além disso, essas doenças geram sobrecarga no sistema de saúde local, resultando em internações e altos custos para o sistema público de saúde (Trata Brasil).
As CATEs, em implantação, serão responsáveis por captar o esgoto doméstico, transportando-o para estações de tratamento. O sistema de tratamento de esgoto de Monte Alegre do Sul (MAS) será feito pelo processo de lodo ativado, com aeração prolongada de fluxo contínuo, ou seja, um tipo de tratamento amplamente utilizado.
Já em Amparo, o sistema de tratamento é o de lagoas aeradas, seguidas de lagoas de decantação. Apesar de processos de tratamento distintos, tanto na ETE de MAS quanto na ETE Amparo, o tratamento de efluentes avançará a nível terciário, com a remoção química de fósforo e nitrogênio, com eficiência de 96% e 85%, respectivamente.
Dessa forma, ambos os sistemas de tratamento de esgoto lançarão os efluentes no rio Camanducaia. A título de exemplo, apresenta-se o modelo esquemático da Estação de Tratamento de Esgoto da sede de Monte Alegre do Sul.
A implantação desse sistema de tratamento visa atingir condições para obter a melhoria da qualidade da água, conforme estabelecida pela Resolução CONAMA nº 357 de 2005, e foi necessária para a obtenção da outorga de direitos de uso de recursos hídricos por parte da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Licença de Instalação e Operação da Barragem Duas Pontes no município de Amparo.
A importância dessas intervenções está alinhada ao novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020), que busca universalizar os serviços de saneamento até 2033, tratando o esgoto de 90% da população brasileira. Com essa nova legislação, o Brasil tem como meta assegurar a ampliação e a eficiência dos sistemas de coleta e tratamento, incentivando parcerias público-privadas e estabelecendo regras claras para a prestação de serviços.
Cronograma de implantação das CATEs
As obras da CATE Amparo iniciaram em outubro de 2024 e terão duração de 11 meses, com previsão de finalização para setembro de 2025. A partir da conclusão das obras, haverá ainda um período de operação assistida, uma fase essencial após a finalização da instalação da infraestrutura, que garante que o sistema funcione conforme projetado e que a equipe local seja capacitada para operar e manter o sistema de forma autônoma no futuro.
A operação assistida funciona em cinco etapas principais: inicia com a operação do sistema sob supervisão técnica especializada, garantindo que tudo funcione conforme projetado; durante essa fase, a equipe local é capacitada para operar e manter o sistema; há monitoramento contínuo da qualidade do efluente tratado; ajustes são feitos conforme necessário para otimizar o desempenho; e, por fim, após o período de operação assistida, que neste caso durará 24 meses, a operação é transferida totalmente para o município.
As obras da CATE Monte Alegre do Sul também começaram em outubro de 2024, com cerca de 12 meses de duração e previsão de finalização em outubro de 2025. A partir daí, serão 24 meses de operação assistida, com conclusão prevista para outubro de 2027.
Atenção!
Equipes de comunicação estão nas cidades de Amparo, Pedreira e Monte Alegre do Sul, informando e tirando as dúvidas da população sobre as obras das barragens Pedreira e Duas Pontes, assim como dos trabalhos complementares. Também estão sendo entregues panfletos com os canais de comunicação existentes, incluindo o e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) para o recebimento de currículos, considerando o compromisso de priorização de contratação de mão de obra local.
Trabalhos de contratação de pessoal e mobilização do canteiro de obras já começaram; obra deve beneficiar 5,5 milhões de pessoas
O Governo de São Paulo emitiu as ordens de serviço para a retomada da construção de duas represas na região de Campinas: as barragens de Pedreira e Duas Pontes. A iniciativa tem como objetivo garantir mais água para 5,5 milhões de moradores. A previsão é que os trabalhos durem 22 meses, com entrega em julho de 2026. No total, 28 cidades serão beneficiadas com o aumento da oferta de água para a população e para a atividade econômica, estimulando a geração de empregos e renda.
O investimento é da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado (Semil), por meio da SP Águas (Agência de Águas do Estado de São Paulo). Foram duas licitações, uma para cada represa, que tiveram 13 propostas no total, o que levou a um desconto de 17,50% – o investimento previsto era de R$ 977 milhões, mas serão efetivamente aplicados R$ 806 milhões. Com a assinatura das ordens de serviço, no último dia 10, as empresas vencedoras já começaram a montar o canteiro de obras e a contratar equipes.
Além das represas, serão iniciadas também mais três obras que visam a melhoria da qualidade da água na Região Bragantina: as estações de tratamento de esgoto de Amparo e Monte Alegre do Sul e uma unidade de tratamento do rio Camanducaia. Haverá investimentos ainda em ações ambientais. No total, essas iniciativas representam um aporte adicional de R$ 522 milhões.
As novas barragens funcionam como caixas-d’água, estocando o volume do período chuvoso para uso em meses com baixa precipitação. Assim, no período seco, a água estocada poderá ser liberada pelas represas para manter o nível dos rios, o que dá mais segurança para os municípios da região captarem água para abastecer seus moradores. Em caso de chuvas fortes, as barragens ajudarão a evitar enchentes, amortecendo o grande volume das tempestades.
“Esta é uma iniciativa muito importante para garantir resiliência hídrica para as regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba, beneficiando 5,5 milhões de pessoas, cerca de 12% da população do Estado”, destaca a secretária Natália Resende.
Juntas, as barragens terão capacidade para armazenar até 85 bilhões de litros de água – o equivalente a 34,2 mil piscinas olímpicas. O reservatório Pedreira, com área de 2,1 km², terá capacidade de armazenamento de 31,9 bilhões de litros de água, o equivalente a 12,8 mil piscinas olímpicas. O empreendimento aumentará a vazão do rio Jaguari em 77% – de 4,8 mil L/s para 8,5 mil L/s. Já a barragem Duas Pontes, com área de 4,9 km², poderá armazenar até 53,4 bilhões de litros de água, equivalente a 21,4 mil piscinas olímpicas, e permitirá ao rio Camanducaia uma vazão 155% maior – de 3,4 mil L/s para 8,7 mil L/s.
Os contratos originais de construção dos empreendimentos foram rescindidos no ano passado, após fiscalizações atestarem atrasos significativos e não justificados pelos consórcios que executavam os serviços. O Governo de São Paulo lançou então novas concorrências para a conclusão das obras.
Ações para melhorias na qualidade da água
As novas barragens fazem parte de um pacote de investimentos em recursos hídricos feitos pelo Governo do Estado na região. No total, serão aplicados R$ 1,3 bilhão. Além dos R$ 806 milhões da construção em si das represas, há mais R$ 522 milhões para a construção das estações de tratamento de esgoto, para implementação de programas ambientais e para a melhoria da qualidade do rio Camanducaia, o que fará com que a água que chega à represa esteja mais limpa. Está prevista ainda a formação de um corredor ecológico na região, o que também contribuirá para a preservação da fauna e da flora no local.
A implantação do sistema de coleta e tratamento do esgoto da cidade de Monte Alegre do Sul é uma das ações para reforçar a segurança hídrica da região. O novo sistema contemplará um tratamento de nível terciário, que utiliza tecnologia de ponta para a retirada de poluentes. Esta obra terá um investimento aproximado de R$ 78 milhões.
Já a Estação de Tratamento de Esgoto de Amparo será modernizada e ampliada, com um investimento estimado em R$ 132 milhões, para garantir um tratamento de esgoto mais eficiente e em maior escala. Serão instaladas também as tubulações de coleta que vão levar o esgoto para tratamento.
Para completar o pacote de melhorias da qualidade de água, a UTR (Unidade de Tratamento do Rio) Camanducaia ficará no próprio rio, na cidade de Amparo. Com um custo estimado de R$ 241 milhões, a unidade tratará as fontes difusas de poluição – ou seja, o material que não é proveniente do esgoto doméstico, como o lixo das ruas e resíduos dos carros.
O projeto beneficiará todos os municípios que captam água no rio, proporcionando melhor qualidade de vida aos habitantes do entorno. O Camanducaia possui elevados índices de agentes poluidores. A implantação desse sistema permitirá reduzir as impurezas em até 96%. Após o tratamento, a água que entrará no reservatório de Duas Pontes terá qualidade superior à atual.
Além das duas represas e das três estruturas de tratamento, está prevista a construção de um novo sistema de bombeamento e de tubulações integrado às barragens, capaz de aumentar a oferta de água e proporcionar segurança hídrica a municípios mais distantes. O SAR-PCJ (Sistema Adutor Regional das bacias Piracicaba/Capivari/Jundiaí), bem como a operação das barragens, serão alvo de Parceria Público-Privada a ser conduzida pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), do governo paulista. Os estudos já foram contratados com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e tanto a consulta pública quando o edital estão previstos para 2025.
Com esse sistema de tubulações e bombeamento, 28 municípios serão beneficiados: Águas de São Pedro, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Bragança Paulista, Cordeirópolis, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Iracemápolis, Jaguariúna, Limeira, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracicaba, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Maria da Serra, Santo Antônio de Posse, São Pedro, Tuiuti e Vargem.
Plano de combate à seca ultrapassa R$ 3,6 bilhões
Além do pacote de R$ 1,3 bilhão para obras nas regiões de Campinas, Jundiaí, Piracicaba e Bragança Paulista, o Estado de São Paulo já investiu mais R$ 2,3 bilhões em ações de combate à seca e a seus efeitos. As iniciativas incluem perfuração de poços, despoluição de rios e combate ao desperdício de água com inteligência artificial, e fazem parte do Plano Estadual de Resiliência Hídrica. Há ainda valores liberados como crédito para agricultores afetados pela crise hídrica.
O governador Tarcísio de Freitas sancionou no dia 23 de setembro a lei complementar 35/2024, que altera as funções das agências reguladoras do estado. Um dos pilares da legislação é a transformação do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) na SP Águas, a agência reguladora de recursos hídricos paulista.
A iniciativa vai fortalecer a gestão das águas no estado, garantindo mais segurança hídrica para a população. Entre as principais atribuições da SP Águas estão a gestão das outorgas para o uso da água – ou seja, as autorizações para captação e modificações em cursos d’água, por exemplo. Essas outorgas envolvem a utilização de água de rios, represas e aquíferos para fins diversos, como abastecimento público, comércio, agricultura, mineração, energia e indústria.
Serão papéis da agência também a fiscalização do uso desses recursos e a garantia da segurança hídrica com a gestão adequada da água disponível em cada região paulista. A agência também terá foco no monitoramento, com a Sala de Situação, que acompanha diariamente as condições climáticas e os níveis dos rios e reservatórios.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende, destacou durante o evento a importância dessa transformação. “Vamos fortalecer nossa agência com uma autonomia verdadeira e uma agenda regulatória robusta. Com a SP Águas, vamos melhorar a regulação e a fiscalização.”
A secretária listou alguns dos pilares do novo órgão. “Vamos oferecer à população, ao usuário, um serviço com cada vez mais qualidade. Para atingir esse objetivo, faremos concurso, ofereceremos remunerações melhores e promoveremos a valorização dos servidores.”
O fortalecimento da regulação é essencial diante do programa de parcerias do governo do estado, que conta com mais de R$ 220 bilhões. “O estado de São Paulo conta com um programa muito forte e robusto de concessões. Nesse cenário, precisamos de uma regulação e de uma fiscalização forte, por isso a criação da SP Águas.”
“A SP Águas vai garantir a segurança hídrica em nosso estado, desde o trabalho de outorga, fiscalização e apoio técnico aos 645 municípios paulistas”, explica Anderson Esteves, do DAEE.
O que muda com a SP Águas
Uma das principais novidades com a transformação do DAEE em SP Águas é a mudança no processo de indicação dos dirigentes. Foram estabelecidos critérios claros e objetivos, baseados em requisitos como experiência prévia e qualificações técnicas. Os dirigentes terão também mandatos fixos que independem das mudanças de governo.
Outra medida para fortalecer a nova agência é a valorização da remuneração de dirigentes e a uniformização dos cargos. Isso visa atrair e reter profissionais altamente qualificados para exercer funções de regulação e fiscalização. O ajuste salarial equipara os salários dos dirigentes ao teto do funcionalismo público estadual, próximo ao salário do governador, e aumenta a remuneração dos superintendentes e servidores técnicos.
Na gestão dos recursos hídricos, as outorgas deverão ser emitidas com obrigações, condicionantes e métricas, estimulando o uso racional da água e o combate ao desperdício. Só poderá captar mais água quem comprovar que está usando o recurso de maneira eficiente.
A nova agência contará ainda com mais autonomia financeira e administrativa, assegurando que os recursos próprios, oriundos de multas e taxas, por exemplo, não possam ser contingenciados. O objetivo é proteger a SP Águas de variações orçamentárias e interferências políticas.
A agência também vai implantar processos mais ágeis e menos burocráticos, com simplificação de normas e redução de etapas.
Uma das mudanças pelas quais o DAEE passará será a migração das equipes de obras e serviços para o DER, que será transformado futuramente no Departamento de Infraestrutura de São Paulo, incorporando ações de desassoreamento, construções de poços, barragens e outros empreendimentos hídricos, além de hidrovias. “Para fortalecer a regulação no setor, você tem que separar os papéis”, ressalta Natália Resende. Essa transferência será feita aos poucos, para que não haja descontinuidade nas obras.
Para definição das próximas etapas, comitiva do CAF, banco financiador das obras, vistoria o canteiro das obras e se reúne com a área técnica nesta semana
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), entidade vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, avança para a retomada das obras das duas barragens estratégicas para a segurança hídrica na região metropolitana de Campinas: a barragem de Pedreira, na divisa dos municípios de Pedreira e Campinas, às margens do rio Jaguari, e a barragem de Duas Pontes, em Amparo, junto ao rio Camanducaia.
Com editais que devem ser lançados neste ano e expectativa de retomada das obras no primeiro semestre de 2024, o DAEE deu início ao contrato de manutenção e conservação das áreas para implantação dos empreendimentos. A autorização foi publicada no “Diário Oficial do Estado” no último dia 1º e, com investimento de R$ 6 milhões, a empresa Construdaher Construções e Serviços fará a zeladoria por 6 meses.
Visando a conformidade dos resultados de financiamento, a equipe técnica do DAEE recebeu nesta quinta-feira, 9 de novembro, a comitiva do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), instituição financiadora de parte do projeto, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, para uma vistoria aos canteiros de obras das duas barragens.
Durante a agenda conjunta ainda foram discutidas as revisões no cronograma geral das obras, atualizações no Plano de Aquisições e Contratações, bem como a implementação de medidas socioambientais e de comunicação com a população do entorno.
“As discussões conjuntas e considerações quanto aos desafios para as implantações dos empreendimentos trazem solidez para conclusão das obras, abrangendo aspectos essenciais, como definição da modalidade que deverá ser adotada para retomada das ações e novos prazos a serem cumpridos.”, explica a Superintendente do DAEE, Mara Ramos.
O contrato anterior de construção das represas foi rescindido pelo DAEE, após uma análise criteriosa apontar falhas e atrasos significativos e não justificados pelos consórcios que executavam as obras. Dada a importância dos reservatórios para a Bacia Hidrográfica PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), a autarquia garantiu a preservação das áreas.
As duas represas vão aumentar a segurança hídrica para 5,5 milhões de pessoas, elevando a oferta de água em âmbito regional, por meio da regularização da vazão dos rios Jaguari e Camanducaia.
As barragens deverão formar reservatórios com uma capacidade de armazenamento útil de 85 bilhões de litros de água, dos quais 32 bilhões de litros na Barragem Pedreira e cerca de 53 bilhões de litros no reservatório de Duas Pontes, beneficiando direta e indiretamente mais de 20 municípios na região do PCJ
Medida consolida os esforços do Governo do Estado para o fortalecimento da segurança hídrica para 28 municípios na região da Bacia PCJ (dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí)
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, lançou hoje, 30 de novembro, os editais de licitação para a retomada das obras de duas represas estratégicas para a segurança hídrica na região metropolitana de Campinas: a barragem de Pedreira, na divisa dos municípios de Pedreira e Campinas, às margens do rio Jaguari, e a barragem de Duas Pontes, em Amparo, junto ao rio Camanducaia. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira. A previsão é que as obras sejam retomadas no primeiro semestre de 2024, com expectativa de conclusão em 22 meses após a assinatura do contrato.
O DAEE retoma as obras paralisadas em função da descontinuidade do contrato, rescindido devido a atrasos significativos e não justificados pelo consórcio que executava os serviços.
Reserva hídrica - Segundo Mara Ramos, Superintendente do DAEE, trata-se de uma decisão importante para o processo de conclusão das obras e reforça os objetivos de aumentar as reservas hídricas para a região. “As novas barragens visam assegurar, acima de tudo, um futuro mais resiliente e sustentável para os 5 milhões de moradores da região, assim como para a indústria, o comércio e a agricultura. Após a rescisão estudamos modelos para a retomada dos empreendimentos com a adoção de PPP no entanto a alternativa mais vantajosa, neste caso, foi o modelo tradicional de contratação via Concorrência Internacional (Lei 8666/93)”.
As duas represas vão aumentar a segurança hídrica para 5,5 milhões de pessoas, elevando a oferta de água em âmbito regional, por meio da regularização da vazão dos rios Jaguari e Camanducaia. A previsão de investimento é de R$ 584,3 milhões para a barragem Pedreira e R$ 392,4 milhões para Duas Pontes. Esses valores podem sofrer alterações após o processo licitatório.
As barragens deverão formar reservatórios com uma capacidade de armazenamento útil de 85 bilhões de litros de água (o equivalente a 34 mil piscinas olímpicas), dos quais 32 bilhões de litros na Barragem Pedreira e cerca de 53 bilhões de litros no reservatório de Duas Pontes, beneficiando direta e indiretamente 28 municípios na região do PCJ: Amparo, Monte Alegre do Sul, Pinhalzinho, Artur Nogueira, Bragança Paulista, Cosmópolis, Holambra, Jaguariúna, Morungaba, Pedra Bela, Pedreira, Santo Antônio de Posse, Tuiutí, Vargem, Paulínia, Americana, Cordeirópolis, Hortolândia, Iracemápolis, Limeira, Piracicaba, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Maria da Serra, São Pedro, Águas de São Pedro e Monte Mor.
Ainda em novembro, a equipe técnica do DAEE recebeu a comitiva do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), instituição financiadora de parte do projeto, para uma vistoria aos canteiros, quando foram realizadas reuniões para discutir aspectos técnicos e revisões de prazos dos empreendimentos.
Acompanhe os próximos passos para a continuidade das obras aqui pelo site.
Confira a documentação sobre as licitações no site: http://www.daee.sp.gov.br/site/avisosdelicitacoes/
O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) rescindiu os contratos com as empresas responsáveis pelas obras das Barragens Pedreira, em Pedreira e Duas Pontes, em Amparo. A decisão foi publicada, nesta quinta-feira (27), no Diário Oficial do Estado.
Após uma análise criteriosa e uma série de avaliações técnicas, o DAEE constatou que o andamento das referidas obras tem enfrentado atrasos significativos, além de apresentar problemas recorrentes que afetaram diretamente a conclusão adequada dos empreendimentos.
O DAEE continuará responsável pela conservação e segurança das áreas utilizadas para implantação dos empreendimentos e tomará todas as medidas administrativas e legais para retomada das obras o mais breve possível.
As Barragens de Pedreira e Duas Pontes são prioridade e configuram como importantes intervenções para o aproveitamento de recursos hídricos, face à capacidade de regularização de vazão proporcionada pelos seus reservatórios para a Bacia PCJ (dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí)
Acompanhe os procedimentos que serão adotados para a continuidade das obras pelo Website: https://www.daeepedreiraeduaspontes.com.br/
As barragens Pedreira e Duas Pontes, em Amparo, são de responsabilidade do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, por meio do consórcio construtor BP KPE-Cetenco, e, através das equipes socioambientais e educativas expõem, frequentemente, temas de educação ambiental e saúde pública, principalmente sobre prevenções às endemias.
Neste mês de março o tema abordado foi: “Febre Maculosa, você sabe o que é?”, alertando os colaboradores, rede pública de educação e a sociedade dos municípios que abrigam as obras dos reservatórios.
SOBRE A FEBRE MACULOSA
A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii que é transmitida através da picada de carrapato infectado. É uma doença grave e, se não for tratada precoce e corretamente, pode levar a óbito em até duas semanas!
No Estado de São Paulo é transmitida por três espécies de carrapatos, o carrapato estrela, carrapato pólvora ou micuim (Amblyomma sculptum). Segundo dados da Secretaria de Saúde de Campinas, a cidade lidera o ranking de casos da FMB no estado de São Paulo.
É preciso estar atento e seguir as dicas de prevenção ao possível contágio, principalmente durante atividades de trabalho ou de lazer nas áreas com vegetação (pastos, margens de lagos, rios e córregos) e com a presença de animais que servem como hospedeiros para o carrapato.
Confira as ações executadas em cada empreendimento.
BARRAGEM PEDREIRA:
A equipe socioambiental desenvolveu uma campanha de prevenção à Febre Maculosa entre os trabalhadores do empreendimento, composta por palestra e distribuição de folhetos informativos sobre o contágio e prevenção da doença, transmitida por carrapato-estrela, tendo como seu principal hospedeiro as capivaras.
A palestra foi ministrada pela educadora ambiental Taís Lebet com o apoio do médico veterinário Noel Cintra, que alertou sobre a importância de verificação do carrapato em contato com o corpo, há cada duas horas. “Importante ressaltar que quatro horas são suficientes para a transmissão da bactéria Rickettsia rickettsii entrar na corrente sanguínea e ser infectado”.
Outro item destacado, foi o uso correto das EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, uma vez corretamente utilizados podem evitar a transmissão da FMB e salvar vidas!
A ação teve desdobramento com a comunidade, e especialmente com alunos da Instituição SAMUCA - Serviço de Atendimento à Mulher à Criança ao Adolescente, através de uma palestra, na qual foi explicado o que é a doença transmitida por carrapato, quais os sintomas e como evitar a transmissão. Foi esclarecido que o principal hospedeiro do carrapato-estrela é a capivara, roedor bastante comum em áreas mais úmidas ou com vegetação abundante.
No caso da contaminação, os sintomas são variados – como febre, dor de cabeça, náuseas com ou sem vômito, diarreia e dor abdominal, dor muscular e machas avermelhados no corpo. Para finalizar, foi destacado que em caso de dois ou mais sintomas, é necessário sempre procurar orientação médica, e relatar caso tenha estado em locais de possível contaminação.
Todos os participantes receberam folhetos informativos sobre a Febre Maculosa Brasileira.
BARRAGEM DUAS PONTES
A equipe do futuro reservatório de Duas Pontes, em Amparo, realizou diversas ações sobre a FMB. Através de apresentação com as principais informações sobre a Febre Maculosa, a equipe da BDP apresentou os diferentes tipos de carrapatos, transmissores da doença, além da distribuição de folhetos explicativos. A atividade envolveu alunos da rede pública de ensino, Unidades de Saúde e os colaboradores do empreendimento.
Em 16 de março, o Veterinário Altamir Pedro Neto e a coordenadora de comunicação, Dálete Minichiello, acompanhados pela profissional Lilian Reis, da Supervisão do empreendimento, ministraram palestra entre os agentes de saúde da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Arcadas, no qual participaram 17 profissionais. “Foi um conteúdo muito interessante e importante devido ser uma doença grave e bem prevalente na região. A explicação foi bem dinâmica”, avaliou o clínico geral Dr. Pitágoras Paulo Passamani.
As crianças do MARP (Movimento de Ação Rural do Bairro do Pantaleão), receberam os profissionais da equipe da Barragem Duas Pontes, dia 23, com entusiasmo e curiosidade sobre Febre Maculosa. Ao todo foram 25 crianças que assistiram a apresentação. Dados como prevenção, sintomas e cuidados para não ser infectado pelo carrapato contaminado, foram ressaltados pelos profissionais do empreendimento. Ao final, o veterinário exibiu dois tipos de carrapatos: Amblyomma cajennense (carrapato-estrela), que é o principal vetor da Febre Maculosa e Boophilus microplus (carrapato bovino), para melhor identificação das espécies.
“Achei muito interessante o tema. É informação importante para as crianças que moram em sítios e fazendas. Assim como foi bom para mim, que não tinha conhecimento sobre o assunto. O veterinário conseguiu alertar e esclarecer, principalmente a respeito de informar ao médico sobre a possibilidade da doença”, disse a professora Bruna Caroline de Almeida.
No dia 27 de março, alunos da Creche São Cristóvão receberem as informações sobre a doença e seus sintomas. Cuidados sobre prevenção foram ressaltados pelos profissionais da equipe da Barragem. O tema gerou muita curiosidade por parte das crianças que interagiram positivamente durante as explicações apontadas pelo médico veterinário Altamir Neto e pela pedagoga Ticiane Pestana. Vinte e três pessoas, entre crianças e professores assistiram à palestra.
Vinte e sete pessoas entre alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Professor José Scalvi de Oliveira, assistiram atentos à apresentação e explicações sobre a Febre Maculosa, realizada em 28 de março.
Já no dia 29, os colaboradores do canteiro de obras da BDP receberam as informações sobre prevenção e uso correto das EPIs (equipamentos de Proteção Individual), além das informações de como identificar os sintomas da Febre Maculosa Brasileira transmitida, geralmente, pelo carrapato-estrela, no qual tem seu principal hospedeiro a capivara. “Todos se sentiram à vontade para perguntar sobre o tema. O mais importante foi destacar que a melhor forma de sobrevivência, em caso de picada do carrapato-estrela, seguido de sintomas é levar a informação de suspeita o quanto antes ao médico, para que o diagnóstico seja feito de forma correta e em tempo hábil, para iniciar imediatamente o tratamento”, alertou a coordenadora de comunicação Dálete Minichiello.
Funcionários da BP recebem informações sobre Febre Maculosa e como prevenir o contágio.
Equipe Socioambiental da BP faz palestra sobre Febre Maculosa com alunos da rede pública de Pedreira
Ticiane e o veterinário Neto (equipe BDP) explicam aos alunos da Creche São Cristóvão - Amparo, os principais sintomas da Febre Maculosa.
Alunos tiram dúvida sobre o carrapato-estrela, com o veterinário Net.
Colaboradores das obras da BDP, em Amparo, recebem informações de prevenção sobre a Febre Maculosa
Equipe de saúde de Arcadas possam para foto final após palestra com profissionais da BDP