Programa "Sistema de Macrodrenagem do Rio Baquirivu-Guaçu, Barragens Pedreira e Duas Pontes"

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Barragem Pedreira

 

Alunos do SAMUCA (Serviço de Atendimento à Mulher, à Criança e ao Adolescente), do município de Pedreira, receberam dia 9 de fevereiro a equipe Socioambiental da Barragem Pedreira, incluindo o médico veterinário Noel Cintra que é especialista em Fauna Silvestre, para uma palestra sobre o tema. O objetivo foi apresentar aos alunos a diversidade de espécies presentes na região onde moram. A palestra também abordou a necessidade de respeito e valorização da vida animal.

Trinta e duas crianças acompanharam a palestra, atentas às explicações e curiosidades sobre as espécies da fauna silvestre, fazendo-os pensar nas particularidades entre estes e os animais de estimação. Também, foram apresentadas aos alunos, as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção, explanando sobre o comércio ilegal desses animais que, por vezes, sofrem maus tratos e abandono.

A ação contou com o despertar da consciência dos alunos, fazendo-os pensar na adoção responsável (e legal), e na evolução do animal desde filhote à fase adulta. O veterinário citou como exemplo o “Periquitão-Maracanã”, ave popularmente conhecida como “Maritaca” (Psittacara leucophthalmus), que pode viver aproximadamente 100 anos, ultrapassando a expectativa de vida de nós humanos. 

O Veterinário Noel ainda citou as “Araras-canindé” (Ara ararauna), que podem ser avistadas em muitos pontos da área urbana de Pedreira que, segundo o especialista, possivelmente criaram mecanismos de adaptação para viver em áreas urbanas.

Ao final, chegou a hora dos alunos conhecerem o ilustre convidado: “Ragnar”, uma cobra “jiboia” (Boa constrictor), e réptil da família Boidae. Com nove anos de idade, Ragnar faz parte do grupo das maiores serpentes do planeta, considerada a segunda maior espécie do território nacional, ficando atrás apenas da “Sucuri” (Eunectes sp.).

O veterinário apresentou a documentação legal e a autorização pertinente, as quais contemplam todas as informações de procedência e filiação, muito parecido com o nosso popular R.G. - Registro Geral de identidade. A jovem Gisele, de nove anos de idade, se surpreendeu e comentou: ”não sabia que uma cobra tinha R.G.”.

O médico veterinário discorreu sobre o medo do ser humano com relação a algumas espécies, em especial as serpentes, seja pelo seu grande porte ou pelo seu veneno, entretanto, algumas apenas reagem às ameaças.

A jiboia ou outros animais da fauna silvestre, muitas vezes sofrem ataque dos humanos e, em sua defesa ou de seus filhotes reagem com a mesma violência que recebem.

Na parte prática da apresentação, muito bem-vinda e educativa, em segurança nos braços do médico veterinário, a jiboia Ragnar foi apresentada aos alunos e os questionamentos fluíram espontaneamente: como é a alimentação, habitat e outras peculiaridades da espécie. E qual foi a maior surpresa dos alunos quando o animal espirrou! Ficaram impressionados, “Ele faz isso?!”.

 

O veterinário Noel Cintra, apresenta a jiboia Ragnar, para os alunos do SAMUCA

Veterinário em palestra com alunos do SAMUCA, sobre Animais Silvestres

BARRAGEM DUAS PONTES (Amparo)

 

Trinta colaboradores da Barragem Duas Pontes participaram dia 16 de janeiro de um treinamento em campo de montagem e desmontagem de andaime Tubo Roll e cimbramento, que foi ministrado por Valnei Coelho de Jesus (Supervisor de montagem da empresa Mills) e foi supervisionado pelo engenheiro de segurança Edson Roberto Ceccatto.

Cimbramento é a estrutura que inclui todos os sistemas estruturais provisórios, incluindo elementos verticais (escoras) e horizontais (vigas e fôrmas para laje). Ele atua no suporte das cargas atuante, incluindo peso do concreto, operações e equipamentos de obra.

O objetivo do treinamento foi apresentar a montagem correta, na teoria e prática, de acordo com o projeto definido. Segundo o supervisor, deve-se fazer a montagem do cimbramento do jeito exato, todas as bases devem ser niveladas, fechando o quadrado com as travessas, colocando os postes de 1,20 cm para poder iniciar a montagem. Depois, deve-se colocar o quadro e todas as diagonais. “Um detalhe muito importante no cimbramento é usar todos os travamentos corretamente, com tubo, braçadeira e todas as diagonais, além de utilizar todos os espaçamentos das torres”, destacou.

Na sequência, são colocadas as vigas principais nos seus devidos lugares, sempre alinhadas e, após, é iniciada a parte de barroteamento, que deve ser seguida com cautela conforme a norma do projeto, exatamente do tamanho exigido. “O objetivo é treinar como aplicar corretamente a montagem e desmontagem, assim como é dever prezar pela segurança dos colaboradores, para que não haja nenhum imprevisto”, explicou o supervisor.

Para o cabo de turma (CBT) Sebastião Borges de Andrade Paes, o treinamento ensinou detalhes essenciais para serem aplicados na rotina diária de montagem de andaimes. “Foi muito qualificante, podemos tirar as dúvidas e, principalmente, para os novatos que são inexperientes, foi um ensinamento importante para ser aplicado no dia a dia”, avaliou.

 

Participante em aula prática sobre montagem de Andaimes - BDP

Engenheiro Ceccatto supervisiona treinamento de montagem de andaimes - BDP

Engenheiro Valnei, em foto final do treinamento,  com todos os participantes.

O DAEE (Departamento de Energia Elétrica), autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, está investindo R$ 109,5 mil na execução dos serviços de implantação do projeto de restauração e enriquecimento florestal do Parque Natural Municipal da Cultura Negra – Sítio Candinha, no plantio de mudas de espécies nativas em uma área de 1,03 hectares.

A Restauração Ecológica visa compensar parte da supressão de cobertura vegetal nativa e as intervenções em Áreas de Preservação Permanente (APPs) necessárias para a implantação da segunda etapa do Projeto de Canalização do rio Baquirivu–Guaçu.

A segunda fase das obras de canalização de três quilômetros do rio Baquirivu-Guaçu, próximo ao Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos, no trecho compreendido entre as alças de acesso da Rodovia Hélio Smidt à Avenida Natalia Zarif, e a foz do córrego Cachoeirinha, encontram-se com 84,36% das obras já concluídas e receberam o investimento de R$ 80,5 milhões do Governo do Estado de São Paulo para sua realização.

O novo canal terá perfil retangular, com 21 metros de largura e 4 metros de profundidade, o que permitirá uma vazão de 300 mil litros por segundo na altura da foz com o rio Tietê.

 

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA CULTURA NEGRA – SÍTIO CANDINHA

 

Criado através da Lei Municipal n° 6.475/2008, o Parque Natural está localizado no bairro do Bananal, Guarulhos. O Parque sobrepõe-se à Reserva da Mata Atlântica e à Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo. É uma Unidade de Conservação de Proteção Integral que tem como objetivo a preservação do patrimônio histórico, arquitetônico e cultural, a conservação da biodiversidade e garantia da manutenção dos serviços da biosfera.

Abriga a “Casa da Candinha”, bem tombado pelo Município pelo Decreto nº 21143/2000, considerada como uma das únicas remanescentes do período escravista da Região Metropolitana de São Paulo.

Construída na primeira metade do século XIX, provavelmente em 1825, a mando de Antônio Bueno da Silveira. A construção, com 195 metros quadrados, foi feita em taipa, na Fazenda Bananal.

O nome da casa-grande deve-se ao apelido de Cândida Maria Rodrigues, segunda esposa de Olegário de Almeida Barbosa, filho de Antônio Bueno da Silveira.

 

Área de compensação ecológica - Parque Sítio da Candinha

Trabalhador em área de compensação florestal, no Parque Natural Municipal da Cultura Negra - Sítio da Candinha, Guarulhos

Muda de espécie nativa, já cultiva na área de compensação, Sítio da Candinha.

O programa de Monitoramento de Fauna capturou, nas áreas dos futuros reservatórios, imagens de animais silvestres como a Onça Parda, Macaco-Prego, Lobo-Guará entre outras espécies.

Uma das ações ecológicas desenvolvidas pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) nos reservatórios das barragens de Pedreira e Duas Pontes, em Amparo, é o Monitoramento da Fauna. O trabalho inclui a identificação e controle dos animais silvestres da região a cada quatro meses. O DAEE já realizou oito campanhas na área da Barragem de Duas Pontes e o reservatório de Pedreira finalizou a 11ª campanha.

O monitoramento é realizado em 24 pontos na área do reservatório de Duas Pontes e 24 pontos na área de Pedreira. Esses pontos estão localizados em espaços remanescentes da vegetação nativa original, nas áreas de restauração florestal e nas margens dos rios Camanducaia e Jaguari.

As equipes de monitoramento incluem engenheiros florestais, biólogos, doutores em ornitologia e hepertologia, que ficam de 10 a 30 dias em campo, dependendo dos tipos de amostragem a serem coletadas. A identificação das espécies é feita através de armadilhas fotográficas e sonoras, busca ativa e por avistamento.

O trabalho já identificou 220 espécies de aves, 31 espécies de mamíferos, 23 espécies de anfíbios e 18 espécies de répteis na área da Barragem de Duas Pontes. Na área do reservatório de Pedreira foram registradas 238 espécies animais – 146 espécies de aves; 32 de mamíferos; 24 de anfíbios e 36 de répteis.

O engenheiro Fernando Mendonça d´Horta, responsável técnico pelas campanhas, destaca a importância de ser realizado o monitoramento de fauna. ”É uma atividade essencial para avaliar como a comunidade animal responde às mudanças na paisagem, resultantes, não apenas dos impactos causados pelo empreendimento, como pelas ações voltadas à mitigação ou compensação desses impactos. Um exemplo disso é a restauração ecológica de áreas que atualmente se encontram degradadas”, explica.

Devido ao estágio médio e avançado de regeneração da vegetação nos futuros reservatórios, além deste programa, existem outros conforme segue:

  • Subprograma das Espécies Ameaçadas de Extinção;
  • Subprograma de Conservação das Espécies dos PANS (Plano de Ação Nacional);
  • Subprograma para Prevenção de Conflitos com Carnívoros;
  • Subprograma de Manejo de Espécies Domésticas e Silvestres Exóticas;
  • Subprograma de Monitoramento de Quirópteros;
  • Subprograma de Manejo para Controle de Javalis.

 Vale ressaltar que desde o início dos empreendimentos são realizados treinamentos mensais com temas sobre a fauna junto aos colaboradores das obras dos reservatórios.

 

Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus) registrado na área sob influência da Barragem Duas Pontes.

Coruja Buraqueira (Athene cunicularia), avistada pelas lentes atentas do engenheiro civil Michael Rosenberguer. 

Colhereiro Americano (Platalea ajaja) – Crédito: Michael Rosenberger. 

Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) próximo ao PED06. (Foto: Cassimiro da Silva Jr.)

Siriema (Cariama cristata) fotografada próxima a área da barragem Pedreira. (Foto: Cassimiro da Silva Jr.)

A falsa-coral (Colubridae: Dipsadinae: Oxyrhopus guibei),  fotografada durante campanha na B. Pedreira. (Foto: Cassimiro da Silva Jr.)

Para fechar o mês de fevereiro, a equipe socioambiental da Barragem Duas Pontes (BDP) realizou palestra para apresentação do empreendimento na Escola Estadual Professor José Scalvi de Oliveira, no último dia do mês, na qual reuniu 37 alunos do ensino médio do período noturno, seis professores e a coordenação.

A Barragem Duas Pontes foi representada pela coordenadora de comunicação e interação social Dálete Minichiello, pela professora de educação ambiental Ticiane Pestana e pelo coordenador socioambiental Henrique Fogaça, que apresentou todos os programas do meio biótico, físico e social desenvolvido pela equipe BDP.

Para a aluna Lavínia dos Santos Amaro, 17, a apresentação foi esclarecedora, principalmente nas questões ambientais que envolvem a construção da Barragem, que, segundo ela, deu sequência ao aprendizado na sala de aula. “Para mim foi um bom desenvolvimento, porque a palestra aprofundou os assuntos aprendidos na escola de forma mais prática e detalhada, onde podemos tirar todas as dúvidas. Gostaria muito de conhecer a obra de perto”, pediu.

A coordenadora Daniela Aparecida dos Santos acredita que o conteúdo abordado em palestra vem de encontro ao itinerário do calendário escolar. “Agradeço a boa vontade da equipe vir na escola, a empatia e o empenho. Queremos que a equipe possa atender as outras turmas também. Os alunos daqui só tem a escola como referência, o máximo que podemos qualificar fará toda a diferença na vida deles. Só tenho a agradecer. São muito bem-vindos!”, finalizou.

 

O Coordenador Henrique Fogaça em apresentação sobre o empreendimento BDP, em escola da rede pública de Amparo.

Alunas leem as matérias da última edição do Boletim Informativo das Barragens, distribuído durante a apresentação da BDP.

A ação tem o objetivo de informar temas importantes para a preservação do meio ambiente para conquistar multiplicadores em prol do bem-estar do planeta

No final do mês de janeiro, a equipe de comunicação e interação social da Barragem Duas Pontes (BDP), projeto sob a responsabilidade do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica, autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, realizou atividade de formação de multiplicadores com o tema: Dia do Combate à Poluição por Agrotóxicos (comemorado em 11 de Janeiro), na Associação das Damas de Caridade, de Amparo - SP.

Na ocasião, a pedagoga Ticiane Pestana (equipe BDP) explicou sobre os efeitos nocivos dos agrotóxicos e sobre as alterações que causam na composição da fauna e flora, além de ressaltar a influência negativa que este componente químico traz ao solo, lençóis freáticos e contaminação da água. A prática dos agrotóxicos afeta diretamente a vida dos seres vivos e o planeta como um todo.

Ao final, a pedagoga citou quatro atitudes para diminuição do uso de agrotóxicos: não desperdiçar alimentos; evitar o consumo de alimentos ultra processados; consumir produtos da estação (frutas, legumes e verduras); adquirir alimentos de produtores da região.

Na aula prática, a atividade foi confeccionar uma mini composteira, montada com terra, cascas de bananas e folhas secas, na qual foi trabalhada a importância de não desperdiçar alimentos, reciclagem e criação de adubo natural.

Para a psicóloga Graziela Cássia Ferreira dos Santos, a atividade foi de extrema importância, uma vez que as crianças foram despertadas para o contato, interesse e cuidado com o meio ambiente, além de darem uma pausa do mundo da tecnologia. “A palavra-chave é a preservação da natureza! Espero que possam dar continuidade nas próximas gerações”. 

A aluna Maysa Alieta, de 11 anos, disse que achou legal a atividade e que gostaria de saber mais detalhes do tema. “Muitas coisas eu não sabia, como o significado da fauna, flora e também, sobre os agrotóxicos”. Segundo a assistente social Mara Silvia Vido Gomes, trabalhar questões ambientais com as crianças são sempre produtivas. “Achei excepcional! Desejo que a equipe possa retornar para desenvolver mais atividades ecológicas”, finalizou.

 

Alunos da Instituição Damas de Caridade, aprendem a fazer mini-composteira 

A Pedagoga Ticiane (BDP), explica às crianças a fazer mini-composteira 

A ação é uma medida compensatória pela segunda etapa de canalização do rio Baquirivu-Guaçu, em Guarulhos.

O trabalho de reflorestamento e consequente retorno de fauna e flora que o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) realiza em áreas protegidas e de recuperação ambiental, tem contribuído para a manutenção da biodiversidade da região.

O sinal mais evidente de que a ação tem sido bem-sucedida é a ocorrência e retorno de animais da fauna silvestre regional nessas áreas.

O biólogo André Luiz de Oliveira, registrou a presença de um Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), em muda de Suinã (Erythrina speciosa), plantada na área de compensação no Parque Estadual do rio Turvo, no Vale do Ribeira.

Além desta, o DAEE possui outras áreas destinadas à compensação ambiental em função da segunda fase de canalização do rio Baquirivu-Guaçu: a Estação Ecológica de Mogi- Guaçu, Parque Estadual de Itaberaba e o Parque Estadual da Cultura Negra – Sítio da Candinha, são algumas das quais o trabalho de recuperação de flora e fauna contribuem expressivamente para a preservação ambiental da região.  Juntas somam cerca de R$ 4 milhões investidos pelo DAEE.

Vale ressaltar que os contratos de compensação ambiental possuem vigência de 60 meses, o que garante que as áreas serão monitoradas até atingir seu completo restabelecimento.

 

Bem-te-vi flagrado em área de compensação florestal, no Pq. Do Rio Turvo, Vale do Ribeira. (Crédito foto:  André Luiz de Oliveira, biólogo) 

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